05 de fevereiro de 2024
Projeto Valoriza e Incentiva o Desenvolvimento Comunitário em Juruti, no Pará
Comunidades do município de Juruti, no oeste do Pará, estão recebendo mais uma etapa do projeto Mbaraete. A iniciativa, que significa “fortalecer-se em comunidade”, tem o objetivo de fomentar o desenvolvimento comunitário, sendo realizado pelo FICAS, com apoio Alcoa e do Instituto Alcoa. Ao todo, 17 comunidades serão contempladas: Café Torrado, Santa Cruz, Cruzeiro, Lago Preto, Prudente, Monte Sinai, Pompom, Santa Terezinha, Nova Galileia, Nova Esperança, Lago Verde, Jauari, São Pedro, Capiranga, Santo Hilário, Pau D'arco e Surval.
Serão cinco momentos presenciais em cada localidade e a primeira rodada de encontros já aconteceu em novembro com apresentação do projeto, identificação de potencialidades, sonhos e desafios dos territórios; A segunda está em andamento até o fim de janeiro.
Tabata Tesser, que faz parte da equipe do FICAS, que está visitando as comunidades, destaca a importância do fortalecimento das muitas lideranças e do empenho de todos em participar das oficinas. “Foi um encontro super aconchegante e foi um momento para gente olhar para as potências e para os desafios da comunidade. Falamos sobre a importância da associação comunitária e da governança da associação”.
Um dessas localidades é Santa Cruz, que fica na região do Paraná de Dona Rosa. A Associação de moradores existe há cerca de 15 anos e entre as maiores dificuldades encontradas pelas lideranças tem sido o apoio técnico para a elaboração e execução de projetos. Para Izael Ferreira, um dos comunitários, o Mbaraeté é a oportunidade para suprir essa carência. A Agricultura foi o setor apontando pelos comunitários como a principal atividade econômica da região que está em busca de alternativas sustentáveis.
“É um projeto inédito e nunca tivemos acesso a esse conhecimento sobre associações, de uma maneira geral. Sempre temos reuniões com parceiros e o poder público, onde surgem ideias, mas o Projeto Mbaraete tem sido ainda mais valioso. A agricultura é a atividade que a maioria das famílias se identifica e queremos fortalecê-la de maneira sustentável e aos poucos a gente vai se encaixando e tudo vai dar certo”, ressalta Izael.
A ausência de escolas nas proximidades, longas distâncias e as dificuldades no transporte entre o centro urbano e a comunidade foram outras demandas levantadas pelas 14 famílias que residem ali. Até mesmo a reforma da igreja local entrou em pauta. Eliane Sousa, que participou da oficina, elogiou a iniciativa. “Para as coisas melhorarem é necessária a união de todos e ficamos na expectativa de alcançar melhorias através dos projetos. Acredito que iniciativas como esta podem nos ajudar a nos organizar para corrermos em busca daquilo que a comunidade precisa”, conclui.