01 de agosto de 2022
Instituto Alcoa promove iniciativa de visibilidade de pessoas LGBTQIA+
Em junho, Mês do Orgulho LGBTQIA+, voluntários ouviram histórias de vida de pessoas LGBTQIA+ das localidades onde a Alcoa atua e transformaram trechos da conversa em cartazes que compõem uma exposição virtual.
Em 2022, o Instituto Alcoa (IA) está realizando diversas iniciativas que têm como mote e objetivos reconhecer, reforçar e valorizar a inclusão e diversidade. O IA acredita que as múltiplas diversidades que compõem a sociedade brasileira são fonte de inspiração e potência para que, cada vez mais, todos e todas sintam-se pertencentes e, assim, possam exercer plenamente suas capacidades e habilidades.
Uma dessas propostas foi a segunda edição do Festival da Cultura Empreendedora, que este ano teve como tema “Impacto social e diversidade: a potência das comunidades empreendedoras” e ressaltou a importância de fortalecer a diversidade em projetos de geração de renda, assim como encontrar caminhos para toda a sociedade apoiar essas iniciativas em prol de um país mais igualitário.
Mural de Histórias
Outra ação com o mesmo fio condutor foi o Mural de Histórias. Realizado em parceria com a plataforma de voluntariado Atados e a rede Eagle do IA, o projeto tem uma proposta simples, mas eficaz: colaboradores voluntários da Alcoa conversam com pessoas para conhecer suas histórias de vida e ampliar suas vozes. A partir dessa troca e escuta ativa, é extraída uma fala de destaque, frase ou momento da conversa que mais representa a pessoa, que é transformada em um cartaz com a foto da pessoa.
Nessa edição, Instituto Alcoa e Atados optaram, em razão do Mês do Orgulho LGBTQIA+, celebrado em junho, por fazer uma edição especial, na qual voluntários Alcoa conversaram com pessoas LGBTQIA+ dos territórios onde a empresa atua, sejam representantes das comunidades ou colaboradores. O material produzido a partir dessa experiência foi transformado em uma exposição virtual com os cartazes dos participantes.
Para Tatiana Bizzi, diretora executiva do Instituto Alcoa, promover cada vez mais ações centradas na diversidade é fundamental como forma de conectar os valores da Alcoa e vivenciá-los nas comunidades.
“Para promover uma sociedade menos desigual e mais justa, é necessário que todos e todas sintam-se confortáveis e representados. Debater diversidade e garantir que o tema seja abordado em ações de destaque é o caminho que encontramos em 2022 para reforçar o compromisso da Alcoa não só com nossos colaboradores, mas com todas as pessoas dos territórios onde atuamos”, afirma.
Redes de diversidade
Tamanha importância do tema, a Alcoa conta com as chamadas Redes de Diversidade, que têm por objetivo ser um espaço de diálogo e disseminação de temas como direitos das mulheres, pessoas com deficiência, raça e pessoas LGBTQIA+.
Essa última é a EAGLE - rede de apoio ao público LGBTQI+ (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transsexuais, Queer, Intersexo e Assexual). Para Eduardo Belato, líder da EAGLE no Brasil, o Mural de Histórias, ao mesmo tempo que oferece uma oportunidade a quem é aliado da causa de se aproximar do cerne da questão, também traz ao público LGBTQIA+ o alívio de ser ouvido.
“Essa iniciativa dá um rosto, inclui sentimentos e fomenta empatia”, defende. Com isso, aumenta o potencial de reconhecer a causa LGBTQIA+, refletir sobre ela e mudar comportamentos pessoais no cotidiano. “Ações como o Mural ajudam os aliados a aprenderem o quão forte é a ferramenta da escuta ativa, e assim eles poderão aplicar isso em diversas situações de sua vida. Elas podem se tornar melhores gestoras, melhores pais, melhores amigos”, afirma Eduardo.
A estratégia, além de ser uma forma de inovar na abordagem do tema, ajuda, segundo Eduardo, a melhorar a percepção que a comunidade tem sobre as companhias. “As empresas precisam ampliar essa visibilidade porque é assim que elas vão conseguir sensibilizar através não somente da teoria mas também do convívio”, explica.
Fique por dentro
No dia 8 de julho, Instituto Alcoa e Atados promoveram um encontro online como encerramento do Mural de Histórias LGBTQIA+. Abaixo, alguns depoimentos realizados no encontro:
- “Eu me assumi uma semana antes de ter a oportunidade de ter contato com esse trabalho. Tive muita sorte de entrevistar uma menina que passou pela mesma situação que estou passando. Então para mim foi uma experiência transformadora.”
- “Eu entrevistei um professor de ensino fundamental e médio de uma escola rural. Foi muito bacana ele falar que apoia muito a causa e ajuda muitos alunos, principalmente por atuar na zona rural, onde a mente das famílias é mais fechada, e ele fala que esse apoio é muito importante, mas que nem sempre vê isso.”
- “No Nordeste, como a aceitação é mais complicada, a pessoa com quem conversei só se sentiu segura para se assumir quando já tinha estabilidade financeira e uma carreira profissional guiada.”
- “Foi a segunda vez que participei dessa ação de escuta e entrevista. Foi extremamente válido ouvir uma história tão diferente da minha, como os direitos mínimos são negados para a comunidade trans, como o uso do nome. Uma coisa que me marcou muito foi que a entrevistada me falou ‘eu existo’. Foi uma conversa super rica, passei dois dias escrevendo sobre isso.”
- “A história da pessoa que entrevistei não é diferente de outras pessoas trans, mas tem um grande benefício: a família dela a ama, então desde o primeiro momento que ela falou para a família, foi super acolhida. Isso é muito bom, vale ressaltar a importância que a família tem na nossa aceitação, porque eu sou um homem gay.”