29 de março de 2021
No mês internacional das mulheres, conheça iniciativas apoiadas pelo Instituto Alcoa com foco em geração de trabalho e renda e empreendedorismo feminino
Dona’s, Elas por Elas, Experiência Jovem, Transformando Vidas e Minha Oportunidade ao Mundo do Trabalho são exemplos de projetos desenvolvidos em parceria com organizações dos territórios onde a Alcoa está presente.
A maioria dos empregos informais - os mais impactados pela pandemia de Covid-19 - são ocupados por mulheres. O atual cenário de incertezas relacionado à geração de emprego e renda se soma à diferença salarial entre homens e mulheres, que ainda é expressiva nos mais diversos postos de trabalho.
Seguindo sua missão de promover territórios mais inclusivos e menos desiguais, um dos pilares da atuação do Instituto Alcoa é o desenvolvimento de iniciativas de geração de trabalho e renda, principalmente no que se refere ao incentivo ao empreendedorismo feminino. No mês internacional das mulheres, marcado pelo 8 de março, conheça algumas das ações desenvolvidas em parceria com organizações das comunidades de atuação do IA.
Projeto Dona’s
O que: Empoderamento de pequenas empreendedoras
Breve histórico: O projeto foi uma das iniciativas apoiadas pelo Instituto Alcoa em 2019 no âmbito do Programa de Apoio a Projetos Locais. Em 2020, 69 empreendedoras jurutienses aderiram ao Dona’s. A ação foi coordenada pelo Instituto Juruti Sustentável (IJUS) em parceria com o Instituto Consulado da Mulher e voluntários da Rede de Mulheres Alcoa (AWN).
Metodologia: No Dona’s, cada empreendedora recebe acompanhamento individualizado de uma tutora local com o objetivo de conhecer e compreender as melhores ferramentas de gestão e estratégias para o seu negócio e possibilitar a entrega de produtos e serviços de mais qualidade. As formações, que contam com a participação de voluntários da AWN Juruti no time de tutores, abordam temas como planejamento estratégico, planos de negócios, movimento de caixa, finanças e marketing.
“Desde o primeiro encontro, o Dona’s se mostrou muito relevante para mim. Cada aula, vídeo e atividade
que a nossa tutora passava me ajudava a aprender a administrar o meu negócio e entender um pouco mais sobre empreendedorismo e de que forma eu poderia aplicar esses aprendizados. Foi no programa que consegui perceber quais eram meus pontos fortes e fracos. Cada aula era um divisor de águas. A parte mais interessante foi sobre precificação porque aprendi a valorizar mais a minha produção. Com certeza essa experiência fez muita diferença na minha vida e no meu negócio.”
Erica Letícia Moutinho Silva, 26 anos, empreendedora de artesanatos e trabalhos manuais
Elas por Elas
Onde: Poços de Caldas, em Minas Gerais
O que: Capacitação de lideranças femininas
Breve histórico: Criado a partir do programa Maria Cinderela, em 2015, para acolher e orientar meninas em situação de vulnerabilidade, o projeto Elas por Elas é uma iniciativa da Associação de Promoção Humana e Ação Social (APHAS) que tem como objetivo capacitar lideranças femininas para acolher, orientar e gerar visão transformadora da realidade e incentivar a autonomia financeira de meninas e mulheres. A ideia é que a formação possibilite que as mulheres possam, no futuro, ocupar cargos e serem remuneradas em iniciativas de impacto positivo voltadas a mulheres.
Metodologia: Com duração de oito meses e início previsto para o final do mês de março, este ano, o projeto será dividido em quatro módulos: Eu/Mulher: Imersão no Feminino; Eu/Líder: Descobrindo Potencialidades; Eu/Elas: Juntas Somos Mais; e Eu/Elas e a Comunidade: Sonhos e Garra. Um grupo de 30 mulheres irá participar de oficinas sobre liderança, empoderamento, cursos de culinária e fotografia para geração de renda e relação com a comunidade.
“Eu e a Maria Helena Cassaro, que está comigo desde os tempos do Maria Cinderela, percebemos que precisávamos fomentar a liderança feminina, incentivando o surgimento de cada vez mais núcleos voltados ao cuidado da mulher empreendedora. Foi assim que surgiu a ideia do Elas por Elas, que é formar uma liderança feminina com propósito, que acolha, oriente e estimule a formação de mais líderes em todos os âmbitos sociais. Com isso, nós queremos impulsionar essas mulheres para que formem uma rede de empoderamento, que lute e diminua a desigualdade de gênero, principalmente com relação à renda da mulher, que está sempre abaixo da do homem. Muito mais do que ensinar culinária, por exemplo, queremos trabalhar o respeito à outra.”
Marilda D’Ambrosio, 56 anos, uma das idealizadoras do programa Maria Cinderela e do projeto Elas por Elas
Experiência Jovem
O que: Qualificação profissional de meninas e jovens em situação de vulnerabilidade social
Breve histórico: A partir do programa de voluntariado ACTION, do IAS, o Experiência Jovem foi uma iniciativa realizada pelo Instituto em novembro de 2020, em parceria com a Associação Feminina de Estudos Sociais (AFESU) - que, desde 1963, atua pela educação e qualificação profissional de meninas e jovens em situação de vulnerabilidade social - e pela Atados com o objetivo de oferecer dicas a jovens mulheres sobre currículo e inserção no mercado de trabalho. O projeto tem como objetivo inspirar jovens mulheres, aproximá-las do mundo corporativo, contribuir para seu desenvolvimento pessoal e profissional e estimular o desenvolvimento de habilidades e competências, apoiando o ingresso no mercado de trabalho.
Metodologia: A ação foi realizada em dois dias, de forma virtual. No primeiro, as 25 participantes entre 14 e 19 anos assistiram a uma palestra inspiracional, onde os voluntários puderam contar um pouco sobre suas experiências individuais no mercado de trabalho e também tirar dúvidas. Já no segundo dia, a turma foi dividida em grupos para que os voluntários conseguissem oferecer uma mentoria mais direcionada às participantes, com oficinas de análise e redação de currículos, simulações de entrevistas e atendimento de dúvidas sobre o ingresso no mercado de trabalho. Ao todo, foram 13 voluntários engajados na ação, entre mulheres que compõem a Alcoa Women Network (AWN) e a presença virtual de voluntários de Juruti (PA) e São Luís (MA).
“Em linhas gerais, o programa foi voltado a temas relacionados ao primeiro emprego, pois as meninas que participaram nunca haviam trabalhado. No final da formação, algumas alunas agradeceram e afirmaram que ampliaram seus horizontes. Essas jovens chegam sem saber como funciona o mercado de trabalho e como buscar o primeiro emprego. Muitas delas encontram-se em situação de vulnerabilidade social e, por isso, não têm acesso a esse tipo de informação. Então, essas orientações oferecidas por profissionais que já estão no mercado de trabalho e têm experiência fazem toda a diferença. É muito perceptível a mudança de pensamento e como saem sabendo elaborar um currículo, em quais plataformas buscar uma vaga e como se preparar.”
Paula Chong Fontes, 25 anos, colaboradora da AFESU
Transformando Vidas
O que: Capacitação de jovens meninas e mulheres entre 19 e 29 anos em corte, costura e estamparia
Breve histórico: Fundado em 1990, o Centro Educacional Profissional do Coroadinho (CEPC) tem como missão contribuir para o desenvolvimento profissional, educacional e social de crianças, adolescentes, jovens e adultos do Maranhão por meio de atividades socioeducativas, inovadoras e sustentáveis. O projeto Transformando Vidas tem como objetivo contribuir para uma formação integral e libertadora de meninas e mulheres, incentivando sua inserção no mundo do trabalho.
Metodologia: Com a oferta de oficinas gratuitas por parceiros do CEPC, a ideia é que as participantes aprendam a confeccionar peças de vestuário diversas, tenham acesso a orientação profissional sobre empreendedorismo e ao mercado de trabalho. A ideia é que o projeto, com previsão de realização até 2023, possa contribuir para a formação de empreendedores sociais no ramo da costura, possibilitando que as participantes abram o próprio negócio ou sejam empregadas em postos de trabalho formais.
“Esperamos a melhoria da situação financeira dessas mulheres, para que possam gerar renda e dar condições de vida melhores para seus filhos. Além disso, os resultados também se estendem ao CEPC, pois esperamos que, entre as 120 mulheres formadas, algumas fiquem trabalhando na instituição. A sala continuará como um espaço de formação, produção, confecção e venda dos produtos para os empresários locais e de fora do Coroadinho e desejamos que isso gere renda para a sustentabilidade da organização e manutenção da capacitação das mulheres do polo Coroadinho e adjacências.”
Maria de Jesus Lopes Silva, presidente do CEPC
Minha Oportunidade ao Mundo do Trabalho
O que: Capacitação de jovens na área de panificação e produção de doces e salgados.
Breve histórico: Fundado em 2006, o Movimento de Mulheres Vila Dom Luís (Movila) tem como missão promover ações sociais direcionadas a crianças, adolescentes, jovens, pessoas com deficiência, idosos e pessoas em situação de vulnerabilidade social para contribuir com a redução das desigualdades e incentivar a inclusão social e produtiva. Com a missão de alcançar 250 jovens e adultos, sendo 70% mulheres, o projeto Minha Oportunidade ao Mundo do Trabalho busca incentivar a formação profissional para que os participantes possam implementar seu próprio negócio com estímulo ao empreendedorismo e possibilitar a inserção de jovens da comunidade no mercado de trabalho.
Metodologia: A estratégia escolhida pelo projeto é a oferta de oficinas de aperfeiçoamento e habilidade, planejamento de gestão organizacional e financeira e empreendedorismo. Por meio de parcerias com empresas e o comércio da região, a ideia é identificar vagas de trabalho e encaminhar pelo menos 50 participantes entre homens e mulheres.
“Entre os resultados esperados está inserir de 10% a 20% das pessoas capacitadas no mercado de trabalho, assim como incentivar a criação de seus próprios empreendimentos, dando a oportunidade de melhorar a qualidade de vida das famílias envolvidas.”
Vera Araujo Rodrigues Jordão, presidente do Movila
Máscara + Renda
Onde: Poços de Caldas, em Minas Gerais, e São Luís, no Maranhão
O que: Geração de renda para costureiras e destinação de máscaras para comunidades vulneráveis
Breve histórico: O projeto foi uma iniciativa da Rede Asta com a Fundação Vale, que convidou demais parceiros - entre os quais, o Instituto Alcoa - a unirem-se à causa da geração de renda para mulheres costureiras e artesãs e, ao mesmo tempo, beneficiar comunidades com a doação das máscaras produzidas por elas.
Metodologia: Pelo Instituto Alcoa, 27 costureiras (sendo 18 de Poços de Caldas e nove de São Luís) foram beneficiadas com o projeto, sendo remuneradas para produzirem 40.500 máscaras, que beneficiaram 20 instituições (dez em cada cidade).
“O Máscara + Renda promoveu, para além dos recursos financeiros, o empoderamento de mulheres que, em sua maioria, são a única fonte de renda de suas famílias. Algumas participantes relataram que puderam concretizar sonhos a partir da iniciativa, como a compra de máquinas industriais, possibilitando o aperfeiçoamento do trabalho e criando uma fonte de renda permanente. O legado que o projeto deixou foi de proporcionar melhoria na qualidade de vida e auto-estima dessas mulheres.”
Monica Espadaro, gerente de projetos do Instituto Alcoa